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Frimesa é referência na adoção de energia limpa

11/10/2024 23:30
Frimesa é referência na adoção de energia limpa

A busca por uma matriz energética limpa é um dos grandes desafios para tornar a produção no campo mais sustentável. Em sua jornada ESG, a Frimesa colocou a energia como prioridade para tornar a atividade agropecuária mais verde, eficiente e inovadora. Para isso, a cooperativa investiu em biodigestores.

Fundada em 1977 no Paraná, a Frimesa é uma das maiores marcas do agronegócio brasileiro. Atualmente, a Frimesa Cooperativa Central é um sistema cooperativo formado por Lar, C.Vale, Primato, Copacol e Copagril.

Referência em sustentabilidade, a cooperativa passou a buscar soluções energéticas que satisfaçam as demandas da cooperativa sem prejudicar o meio ambiente. Foi assim que a Frimesa implementou uma política estratégica focada na redução do consumo de combustíveis fósseis, na autogeração de energia renovável e na diversificação de sua matriz energética.

Dentro dessa estratégia está o emprego de biodigestores para produzir biogás, biometano e CO², de forma a promover a sustentabilidade dos processos, a reciclagem de materiais e o melhor aproveitamento de energia. O plano da Frimesa é neutralizar as emissões de gases provocadores do efeito estufa oriundos de suas operações industriais até 2040.

Biodigestores

A Frimesa conta com dois biodigestores que geram biogás para a chamuscagem dos suínos em sua planta industrial de Medianeira/PR. Os equipamentos geram energia térmica, que substitui o uso de gás liquefeito de petróleo, o GLP. Essa troca é responsável por reduzir a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

A geração de biogás se dá em sua estação de tratamento de efluentes. Esses efluentes passam por uma série de processos físicos e químicos, até que chegam ao reator concreto com tanque agitado continuamente, chamado por sua sigla em inglês, CSTR.

A matriz, em Medianeira, tem capacidade de gerar cerca de 8.700 Nm³/dia de biogás. Segundo o Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade, o projeto vem trazendo resultados na casa dos R$ 3 milhões por ano, desde março de 2022.

Agora, a cooperativa está atuando para expandir a infraestrutura. Em Assis Chateaubriand, também no Paraná, a cooperativa está construindo uma infraestrutura capaz de gerar 5.850 Nm³/dia de biometano que deve começar a operar no início de 2024. O investimento total nos biodigestores passa de R$ 21 milhões.

“Além de gerar energia renovável, que propicia reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis, projetos como este evitam descartes inadequados em locais inapropriados, promovem a circularidade dos resíduos com o reaproveitamento energético e a destinação do biofertilizante, que é subproduto do processo de biodigestão rico em nutrientes. Esse biofertilizante pode ser usado para melhorar a qualidade do solo, aumentando a produtividade agrícola sem a necessidade de aditivos”, explica Andrieli Schulz, supervisora ambiental da Frimesa.

Associada à CIBiogás, a Frimesa é um case de sucesso no emprego de biodigestores. Tanto é que a iniciativa venceu, por duas vezes consecutivas, o prêmio de melhor planta frigorífica com Unidade Geradora de Biogás.

 

Estratégia ESG

Os biodigestores fazem parte de uma política energética com ampliação no uso de energias limpas e renováveis da Frimesa. Para isso, a cooperativa possui um time estratégico focado em analisar as possibilidades de ampliar seus projetos em energias renováveis.

Além disso, as inovações energéticas da Frimesa proporcionam grandes oportunidades para a redução de custos e otimização de processos em busca de atingir as metas ESG recentemente adotadas publicamente pela cooperativa.

Assim sendo, segundo seu Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade, as iniciativas energéticas da Frimesa almejam lidar com:

  • Mitigação de riscos: ter várias fontes de energia reduz a exposição a riscos associados a flutuações de preços e disponibilidade de uma única matriz. Além disso, essa diversificação ajuda a controlar os gastos com energia, tornando a produção mais eficiente em termos financeiros.
  • Independência energética: a capacidade de gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis dá à Frimesa maior autonomia em relação ao fornecimento de energia externa, reduzindo a dependência de terceiros.
  • Eficiência e segurança energética: a redução da dependência de uma única fonte contribui para redução de desperdício e aumenta a produtividade energética da cooperativa.
  • Redução da pegada de carbono: as energias renováveis contribuem para que a cooperativa possa mitigar suas emissões de gases de efeito estufa.

Além dos biodigestores, a estratégia de diversificação da matriz energética da Frimesa também conta com investimentos em energia solar. Para isso, uma usina de energia solar foi instalada na unidade frigorífica de Assis Chateaubriand. A estrutura, que custou R$ 400 mil, gera uma economia anual estimada em R$ 70 mil.

Em uma segunda fase, a cooperativa pretende implantar novos painéis com geração anual de 7,6 milhões/kwh, com 10 mil placas, atendendo 20% do consumo da unidade. Ao todo, as energias renováveis já representam mais de 98% de todo o consumo energético da Frimesa.

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