Na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 a 22 de novembro, o cooperativismo brasileiro irá marcar presença no painel Cooperativismo e Finanças Sustentáveis. No dia 19, as cooperativas de crédito Sicoob, Sicredi e Cresol irão compartilhar suas práticas inovadoras e o impacto positivo de suas ações sustentáveis, com destaque para as boas práticas do movimento, que contribuem para a preservação ambiental e o desenvolvimento das comunidades locais, além de apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU) e o fortalecimento do compromisso do Brasil com o Acordo de Paris.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, destaca que a presença do cooperativismo brasileiro na COP29 ressalta o compromisso do setor com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Para ele, o modelo de negócios oferece soluções eficazes para os desafios ambientais, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento local e empodera comunidades inteiras. “As cooperativas são protagonistas na construção de um futuro mais sustentável. Iniciativas como o projeto da Cresol, em Minas Gerais, mostram como é possível unir preservação ambiental com inclusão social, além de beneficiar, diretamente, as comunidades em que atuamos com ações de impacto positivo que inspiram em escala global”, afirma.
A Cresol irá apresentar o seu compromisso com a sustentabilidade e as práticas ESG, com destaque para suas estratégias que buscam fomentar a bioeconomia e o desenvolvimento da agricultura familiar. A cooperativa estruturou comitês de sustentabilidade, definiu diretrizes de governança e investiu na formação e atuação de seus conselheiros e diretores. Além disso, a Cresol integra a diversidade como valor institucional, com prioridade para a inclusão de mulheres em cargos de liderança e a criação de parcerias estratégicas para captação de recursos. Atualmente, 41% da diretoria da Cresol tem posições ocupadas por mulheres.
Para Mayara Viana Ribas, diretora e superintendente da Cresol MG, a participação na COP29 é uma oportunidade única para comprovar como o cooperativismo pode liderar a transição para uma economia sustentável, especialmente em territórios vulneráveis. Segundo ela, as cooperativas fornecem crédito, mas atuam também diretamente nas comunidades e compreendem as necessidades locais, com ajuda para impulsionar soluções que beneficiem tanto as pessoas quanto o meio ambiente. “Participar da COP é uma honra. Esperamos que o cooperativismo de crédito saia ainda mais fortalecido e reconhecido pela sua atuação estratégica e presença nos territórios”, disse.
Impactos
No aspecto ambiental, mais de 55 mil pessoas foram beneficiadas por ações de sustentabilidade em ao menos 70 municípios pela cooperativa. Em 2023, a Cresol destinou mais de R$ 78 milhões para linhas de crédito sustentáveis de sua carteira de recursos próprios. Foram firmados 1.494 contratos em categorias voltadas para temas como energias renováveis, água e saneamento e, na carteira sustentável, R$ 9,5 bilhões foram liberados para impulsionar a economia verde, conforme a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE).
No âmbito social, a Cresol impactou diretamente 23 mil crianças e jovens em projetos educacionais, mobilizou cerca de 1,2 mil jovens em 14 estados, engajou 10 mil mulheres, e beneficiou ao menos 5 mil idosos. Em ações de educação financeira, a cooperativa impactou 15 milhões de pessoas, de forma indireta. Além disso, o programa de sucessão familiar contemplou 50 famílias, e mais de 2 mil pessoas foram apoiadas em projetos de empreendedorismo rural e empresarial.
Durante a apresentação, a ideia é reforçar que a Cresol acredita na cooperação como um meio possível para transformar realidades e fortalecer comunidades. Um exemplo desse impacto pode ser visto em Codajás, no Amazonas, onde o trabalho conjunto da cooperativa com as organizações InFocus e Trias oferece novas oportunidades para aqueles que dependem dos produtos da floresta. O objetivo é mostrar que o cooperativismo cria um ciclo virtuoso que alivia a pobreza e traz confiança aos moradores, que se orgulham de gerar sua própria renda, proteger a natureza e planejar um futuro promissor para as próximas gerações.
“O envolvimento comunitário reforça o espírito do cooperativismo e fortalece a resiliência das comunidades ao tornar a população local protagonista na preservação ambiental. Além de trazer resultados palpáveis para as comunidades beneficiadas, o projeto consolida a imagem do Brasil no panorama internacional como um país comprometido com as agendas de sustentabilidade, e mostra que o movimento é o caminho ideal para atingir as metas globais de preservação e desenvolvimento”, complementa o presidente Márcio.