A Cogran (Cooperativa dos Granjeiros do Oeste de Minas), que atua na criação de aves, suínos, gado de corte e plantação de milho, dentre outras atividades, opera com o propósito de produzir cada vez mais com qualidade, eficiência e sustentabilidade.
A política energética da cooperativa agropecuária cumpre um papel central nesse processo e ainda contribui para o crescimento nas receitas dos cooperados. Agora, a cooperativa tem planos de expandir ainda mais os princípios de sustentabilidade e produção de energia verde.
Fundada em 1980, a Cogran reúne 249 cooperados e fornece produtos tanto no atacado quanto no varejo com presença em diversos estados brasileiros. Em volume, a cooperativa produz, em média, 9.600 toneladas de produtos suínos e abate mais de 26 mil toneladas de frango por ano.
“Esses números demonstram a expressiva escala de produção da Cogran, consolidando sua posição como uma das maiores cooperativas de Minas Gerais, com presença em diferentes segmentos do mercado. A ênfase em valores como qualidade, sustentabilidade, ética, responsabilidade social, preservação do meio ambiente, inovação e respeito ao ser humano fortalece a imagem da cooperativa”, analisa Juliana Lemos Faria Gabriel, diretora da Cogran.
Energia limpa para produzir
Em 2010, em parceria com uma empresa canadense, a Cogran iniciou um projeto de instalação de biodigestores nas propriedades de seus produtores cooperados, visando produzir biogás e reduzir a carga poluidora dos dejetos produzidos a partir da atividade agropecuária.
Além de tornar o processo produtivo da Cogran mais limpo, a iniciativa tornou possível que a cooperativa entrasse no mercado dos créditos de carbono, beneficiando os produtores. No entanto, após uma recessão no setor de créditos de carbono, a empresa parceira saiu do mercado.
“Nessa mesma ocasião, motores movidos a biogás com boa eficiência e durabilidade começaram a ser ofertados”, explica Juliana.
Com a adoção da tecnologia, a cooperativa passou a produzir energia elétrica usando o biogás gerado como insumo. Hoje, diversas propriedades cooperadas já são autossuficientes em energia e algumas delas têm até mesmo produção excedente, que é comercializada, gerando mais renda.
“A Cogran entende que produzir com sustentabilidade é o único caminho possível, desta forma tomamos todas as medidas possíveis dentro das nossas unidades de negócios, bem como incentivamos e apoiamos os nossos cooperados a trabalharem com as mesmas diretrizes”, diz Juliana.
A cooperativa também tem duas usinas de energia solar – uma instalada em uma de loja de conveniência e outra em uma fábrica de Premix, que produz nutrição animal de elevado padrão para atender todas as fases do manejo de aves, suínos, bovinos e pets.
A intercooperação é parte desses esforços. A Cogran se filiou ao MinasCoop Energia, projeto liderado pelo Sistema Ocemg focado na geração de energia limpa autossuficiente para as cooperativas mineiras, a fim de destinar parte do excedente de energia fotovoltaica para uma entidade filantrópica da cidade.
No total, a cooperativa tem, hoje, 7 biodigestores, 8 geradores e produz biofertilizantes e energia elétrica limpa para os associados. “Nossos cooperados possuem geração de energia por biogás com capacidade instalada de 1.844.100 kw/mês e por fotovoltaica 133.399 kw/mês”, revela Juliana.
Futuro mais verde
“Um dos nossos objetivos é que consigamos operar futuramente no mercado de carbono. No entanto, ainda estamos no processo de entendimento dos parâmetros, bem como validação do inventário necessário, assim como todos os outros demais interessados no setor que aguardam a concretização da legislação”, elucida a diretora.
Agora, a Cogran está em processo de análise para implementação de usinas solares em três unidades, a fim de suprir 25% do seu consumo de energia.
“O plano é continuar impulsionando e produzindo de forma limpa, dentro dos parâmetros do ESG e, para tal, estamos trabalhando num planejamento para os próximos cinco anos tendo como uma das prioridades a sustentabilidade, ou seja, investimentos estão sendo planejados tanto na área de capacitação sobre o tema tanto quanto no dia a dia das granjas”, encerra Juliana.