Nessa segunda-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou em Nova York, títulos soberanos sustentáveis, os green bonds, ou títulos verdes. Os papéis, voltados para o financiamento de projetos de sustentabilidade, garantem novas oportunidades para a competitividade do cooperativismo brasileiro. “Essa iniciativa traduz a vontade e a capacidade do país em ser uma liderança mundial quando se fala em meio ambiente”, afirma o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato.
Ainda segundo ele, os títulos verdes representam o acesso a recursos mais baratos para financiar as atividades produtivas sustentáveis das cooperativas. “E isso representa um futuro de mais oportunidades a partir de créditos diferenciados com taxas menores e capazes de fomentar cada vez mais a nossa sustentabilidade e competitividade”.
Com o lançamento dos títulos verdes, o governo brasileiro espera levantar cerca de US$ 2 bilhões em emissões até novembro deste ano. A operação é assessorada pelos bancos JPMorgan, Santander e Itaú Unibanco. Para os investidores, a compra dos títulos busca combinar sustentabilidade e retorno financeiro com apoio a agendas que envolvam a pauta ESG (governança socioambiental).
Cálculos do Bank of America (BofA) mostram que os fundos globais ESG captaram US$ 21 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses de 2023. O montante é próximo à captação de todo o ano passado, quando os ingressos líquidos somaram US$ 22 bilhões.
Para Fernando Haddad, a emissão dos títulos verdes tem potencial para atrair novos investidores por apoiar projetos produtivos, como por exemplo, os de hidrogênio verde. “É fundamental que o país sinalize onde quer investir e que trará o melhor retorno”, destacou.