Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, indicou Belém como possível cidade sede
No último dia 11 de janeiro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva formalizou o pedido junto à Organização das Nações Unidas (onu) para que o Brasil seja a sede, em 2025, da 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP30). NesSa terça-feira (17), durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), ela anunciou diante de chefes de estado, da elite empresarial e de representantes da sociedade civil, o interesse em realizar o evento em Belém, no Pará.
O cooperativismo brasileiro apoia a iniciativa e considera a oportunidade uma forma de evidenciar as ações das coops em defesa do meio ambiente, bem como de corroborar para que novos investimentos sejam feitos no país para incentivar a preservação dos ativos ambientais aliado à baixa emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.
“Consideramos muito importante a participação da ministra no Fórum para reforçar o protagonismo brasileiro na busca pela redução das emissões de carbono e de uma economia sustentável e inclusiva. O pedido dela de colaboração financeira permanente para desenvolver projetos sustentáveis em todos os biomas também foi fundamental. O compromisso do Brasil com o meio ambiente e no combate às mudanças climáticas é reforçado com esse pedido de realização da COP30 aqui. Isso demonstra o quão empenhados e comprometidos estamos com a agenda socioambiental global”, observou o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato.
Recursos
Marina Silva cobrou das nações desenvolvidas o repasse aos países em desenvolvimento do montante de US$ 100 bilhões para a proteção ambiental, oriundo do Acordo de Paris (2015). Na oportunidade, ela falou sobre estreitar as relações com investidores globais para ações de financiamento e proteção da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros. Segundo ela, as prioridades são mitigar a concentração e emissão de gases de efeito estufa (GEE) para limitar o aquecimento abaixo dos 2ºC; e unir soluções para reduzir os impactos da crise climática.
No que se refere a captação de recursos para a pauta ambiental, o destaque mais recente é a retomada do Fundo Amazônia – criado há 14 anos para financiar ações para preservação do meio ambiente e reduzir emissões de gases -, abastecido pela Noruega e Alemanha.
O potencial para a matriz energética limpa e a produção de hidrogênio verde também estiveram entre os temas do discurso da ministra. Outra pauta evidenciada no Fórum que pode receber a colaboração do cooperativismo é a política de acesso ao crédito, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele suscitou também a sustentabilidade ambiental e fiscal para a justiça social.